no desfile do Bloco do Laço Branco, promovido pelo Instituto
PAPAI e Núcleo Gema da UFPE.
A concentração acontece na Praça do Arsenal (em frente ao
palco), a partir das 16h. O desfile começa às 17 horas.
Segundo Sirley Vieira (coordenador da ação), o grupo parte
da ideia de que o carnaval, como atividade cultural, é um momento propício para
divulgação de mensagens sobre igualdade de direito entre homens e mulheres e
também de rejeição a qualquer forma de discriminação ou violência baseada em
gênero.
O slogan “Homens pelo fim da violência contra as mulheres:
nesse jogo, todos ganham!” faz alusão a dois grandes eventos que acontecerão no
Brasil, sendo Pernambuco uma das sedes oficiais: a Copa das Confederações
(2013) e a Copa do Mundo (2014). “O futebol é um esporte fortemente associado
ao masculino e à violência. Acreditamos que é possível reverter esse jogo,
ressignificando essa ideia equivocada de masculinidade e nos abrindo para uma
cultura sem violência de gênero. Essa mudança profunda só será possível se envolvermos
os homens”, disse Túlio Quirino (pesquisador do Núcleo Gema/UFPE).
O bloco é uma das ações de visibilidade da Campanha do Laço
Branco que, além das ações comunitárias desenvolvidas a partir de oficinas e
trabalhos socio-educativos, em alguns momentos, focaliza a tradição da cultura
pernambucana como forma de resistência simbólica a toda forma de violência
contra as mulheres.
A animação ficará por conta do grupo “Coco verde melancia” e
orquestra de frevo. No ato, serão distribuídos materiais alusivos à campanha,
incluindo fitinhas para punho, cartazes a serem afixados nos estabelecimentos
locais e leques com informações sobre a Campanha.
Além do bloco, ao longo do biênio, o Instituto Papai e Gema
desenvolveram um Plano de ação que envolve: oficinas com adolescentes e jovens
de escolinhas de futebol, oficinas com jogadores de futebol, ações junto aos
trabalhadores do Complexo Suape, ações comunitárias, além de cursos de formação
para profissionais que atuam na rede de enfrentamento à violência contra a
mulher, pesquisas e diversas outras ações de comunicação.
Esta atividade integra o conjunto de ações do Projeto
Diálogos SUAPE e é coordenada em Pernambuco pelo Instituto PAPAI e Núcleo de
Pesquisas em Gênero e Masculinidades (Gema/UFPE). Novamente, a Campanha do Laço
Branco estará em parceria com o Bloco Nem com uma flor, promovido pela
Secretaria Municipal de Políticas para as Mulheres da Prefeitura do Recife.
Outros parceiros: Associação Pernambucana de Profissionais
do Sexo, Equipes do Projeto Diálogos, Grupo Curumim; Grupo de jovens vinculados
a Projeto do Instituto Papai; Movimento Zoada; Najup; Movimento de Ursos de
Pernambuco e Grupo Amhor.
Números
Estima-se que a cada ano, aproximadamente 66 mil mulheres
sejam assassinadas no mundo, e a América Latina tem as mais elevadas taxas de
homicídios contra mulheres do mundo. Segundo levantamento do Instituto Sangari,
com base em certidões de óbito e da Organização Mundial de Saúde (OMS), o
Brasil acumula mais de 90 mil mortes de mulheres vítimas de agressão nos
últimos 30 anos. Atualmente, o Brasil aparece em 7º lugar no ranking dos países
com mais mortes de mulheres vítimas de agressão. De acordo com a pesquisa
“Percepções sobre a Violência Doméstica contra a Mulher no Brasil”, 6 em cada
10 brasileiros conhecem alguma mulher que foi vítima de violência doméstica e,
na maioria dos casos (80%), é o parceiro (marido ou namorado) o responsável
pelas agressões (Fonte: Portal “Feminicidio.net”).
A Campanha
A Campanha Brasileira do Laço Branco tem o objetivo geral de
sensibilizar, envolver e mobilizar os homens no engajamento pelo fim da
violência contra a mulher, em consonância com as ações dos movimentos
organizados de mulheres e de outros movimentos que buscam equidade e direitos
humanos, por meio de ações em saúde, educação, trabalho, ação social, justiça,
segurança pública e direitos humanos.
Serviço
As ações da Campanha do Laço Branco são organizadas por um
comitê formado por instituições de todo o país, sob a coordenação de: Instituto
PAPAI (PE); Núcleo Gema/UFPE; Instituto Promundo (RJ), Instituto NOOS (RJ),
Ecos e Coletivo Feminista (SP), Núcleo Margens/UFSC e Themis (RS).
Nenhum comentário:
Postar um comentário